Olhando agora as notas explicativas do ITR do 3T12 da Financeira
FINANCEIRA ALFA S.A.- C.F.I Informações Trimestrais - 30/09/2012
Refletindo o conservadorismo da administração, que foi salientado na avaliação da Fitch para o Banco de Investimento, a Financeira tem 95% de seu créditos com classificação AA ou A (pg. 8, Nota 5c).
De fato esse conservadorismo é refletido nos baixos níveis de inadimplência. Os créditos vencidos representam 0,3% da carteira, sendo que apenas 25% disso está vencido a mais de 180 dias.
Ainda refletindo o conservadorismo da administração, o Índice da Basiléia da Financeira é de 17% (pg. 25, nota 13k). (O exigido pelo BC é 11% e o exigido pelo Comitê da Basiléia é 11%.)
Como o principal credor da Financeira é o Banco de Investimentos do Grupo, os minoritários poderiam estar expostos a uma maquiagem contábil, para a Financeira parecer melhor do que é. Porém, o Banco tem seus credores, que têm que "fiscalizá-lo" e, consequentemente, fiscalizar a Financeira, uma vez que 70% das aplicações do Banco estão na Financeira. E segundo a Fitch:
Fitch escreveu:...[o Banco tem] captação junto a clientes corporativos em detrimento do mercado de investidores institucionais...
Ou seja, diferentemente do Cruzeiro do Sul e BVA, os principais credores não são Fundos de Pensão, que têm se mostrado lenientes na "fiscalização" de seus investimentos. Isso aliado ao conservadorismo da administração dá maior segurança ao minoritário.
Por outro lado, os controladores, que detêm cerca de 75% do Banco e da Financeira, podem em certa medida optar por onde colocar o resultado, se no Banco ou na Financeira, bastando para isso alterar a taxa de remuneração dos depósitos do Banco na Fianceira. Enquanto os controladores possuírem 75% de ambas as instituições, não parece haver grande incentivo para esse tipo de desvio de conduta.
Em seguida eu vou analisar as diferenças entre as 4 empresas do Grupo, para entender se a Financeira representa, de fato, as melhores oportunidades.